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3,3 milhões de testes anti-HIV serão distribuídos
(Ag.Saúde) Estima-se que, pelo menos, 255 mil brasileiros estejam infectados pelo vírus da Aids e ainda não tenham se testado. Para reverter à situação, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST e Aids, encaminhará 3,3 milhões de kits para teste rápido anti-HIV a todos os estados em 2009. Trata-se do dobro do que foi repassado neste ano e um investimento de cerca de R$ 18 milhões. A iniciativa, anunciada na última segunda-feira (1º), pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tem como objetivo ampliar o diagnóstico da infecção pelo vírus da aids, que hoje é feito de forma tardia em cerca de 40% dos casos. ?O teste amplia o acesso aos exames, pois, no mesmo momento que procura um serviço de saúde, a pessoa terá o resultado do exame?, afirmou Temporão. Segundo o ministro, quanto mais precoce o diagnóstico e o início do tratamento, melhores os resultados em relação à qualidade de vida e sobrevida do paciente. O material será encaminhado aos estados conforme solicitação das Secretarias de Saúde. Os testes rápidos ? realizados a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo ? eram utilizados, inicialmente, para exames em populações de difícil acesso, gestantes não testadas no pré-natal e vítimas de violência sexual. DIAGNÓTISCO - A partir de março de 2006, foram adotados também como estratégia de mobilização para ampliar o diagnóstico na população geral. Seu maior benefício é chegar a locais onde o resultado demora e dar o diagnóstico na hora, além da dispensa de equipamentos laboratoriais. ?Muitos dos que estão infectados pelo HIV não conhecem sua condição sorológica. Sem o exame, é provável que esse grupo seja diagnosticado apenas quando desenvolver os sintomas da doença?, afirma a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão. Estudo realizado entre 2003 e 2006 apontou que 43,7% dos pacientes chegaram aos serviços de saúde já com deficiência imunológica ou quadro clínico de sintomas da aids. "O exame deveria seguir o mesmo princípio da vacina. O profissional não deve desperdiçar oportunidades e ofertar o teste para os pacientes", afirmou a coordenadora do Programa Nacional de DST-Aids, Mariangela Simão. O diagnóstico tardio é um dos piores inimigos para o tratamento adequado e também para a prevenção de novos casos de aids. Quando o paciente é portador e sabe da sua condição, há maior possibilidade de ele se beneficiar do tratamento disponível. Hoje, no entanto, não é isso o que se vê nos serviços de saúde. Estudos mostram que 43% dos pacientes recebem o diagnóstico de aids quando a doença já está em estágio avançado. O teste pode ajudar ainda a reforçar a prevenção, principalmente da infecção da gestante para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação. PRECONCEITO - O anúncio foi feito dia 1º de dezembro, dia Mundial de Luta contra a Aids, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele afirmou que o governo tem condições de arcar com tratamento de pacientes que tiverem a aids diagnosticada e lembrou a necessidade de se combater o preconceito em torno da doença e das medidas de prevenção. "Soube que algumas pessoas ficaram escandalizadas com a abordagem do material. O que tem de escandalizar é o preconceito, a morte", disse. "Essas questões têm de ser tratadas de forma direta." ...


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